segunda-feira, janeiro 08, 2007

ECS 11 - Revendo a versão final

ECS 11- Revendo a versão final

Após várias postagens, muitas discussãos fóruns, antecipações, atrasos, idéias desconectas, saberes distintos, acompanhmentos, desigualdades, semelhanças, saberes possíveis e utopias educacionais, sociais e históricas, o grupo CÊ conseguiu reunir suas idéias para a postagem final.

Marcia Martins,
Carmem Rovisco,
Silvana Silva,
Roseli Roos,
Carla Maus,
Grazi Maus,
Ana Lúcia Dornelles,
Marcelo Schneider.




Refletindo a partir de A.J. AKKARI


Possuimos uma educação pública bastante ineficaz, e quando faloi de ineficaz não estou dizendo que a forma que a realizamos é ruim, não é isso, pois temos profissionais nas escola públicas em todos os níveis da mais alta estirpe, possuímos espaços públicos muito bem eqquipos. É claro que há escolas defasadas e outras sem estrutura alguma e também profissionais relapsos que denigrem a imagem do professor como profissional. Entretanto a questão que deve ser avaliada, é uma questão cultural que se estabelece no país a partir de sua colonização a partir de 1500. Veja que não é uma questão de lugar comum, mas uma avaliação histórica, " Se tu ensinas ao teu filho que deves bater na porta e pedir licença para entrar em qualquer lugar desde a mais tenra idade, ele o fará assim sempre", porém se isso não ocorrer ele entrará sem predir licença e assim achará sempre correto." E isso acontece com a nossa educaçõa, ela é uma traca de favores desde a mais tenra idade do pais e não um direito do cidadão, pois cidadão neste país é algo que só se conheceu a partir da década de noventa com a insersão de programas sociais e de movimentos populares através de ONGs com grande visibilidade, porque antes tudo isso era restrito a pquenos grupos marginalizados que propunham democracia, socialismo, cidadanis... Então o acesso a educação é complicado. Se partimos de uma premissa de favor, troca de favor, troca de bens, a transformamos em uma mercadoria, e por mais que as instituições privadas neguem a mercantilização do ensino, assim o fazem. Não que seja errado, é apenas uma visão distinta de ver o mundo. Onde o governo tem o irrestrito dever de conceder educação e saúde a todos e todas, onde os direitos ganham cada vez mais autonomia é de se rever os deveres de cadacidadão e de conscietizar-mos em uma vida mais social e comunitpária, pois a cada dia a grande população vive com menos e os governos injetão verbas nem sempre suficientes em seus devidos programas e de necessidade popular. São questões de lados de desenvolvimentos, aqueles que apregoam o capitalismo, o neo liberalismo como forma de sociedade de sustento e vida e outras formas que visem oportunizar a todos, q quando falamos de todos incluimos desde enriquecidos a empobrecidos, portadores de necessidades especiais, etnias diferenciadas, gênero ... Isto nos mostra a desigualdade que vivemos, basta observar uma escola privada, através de um sítio qualquer de uma escola privada e de uma pública, mesmo em uma pequena visita ao sitio de relacionamento Orkut vamos identificar um cem número de comunidades dedicadas a escolas privadas e um númro restrito a escola públicas. Isto nos mostra que a desigualdade real que nos apresenta o privado e o público.


Para entender a desigualdade não basta acreditar que as pessoas não aproveitaram a chance, ou o problema é dops alunos que não se interessam. É preciso conhecer a história e analisar os fatos.
A educação publica só é reconhecida na constituição de 1824 no país e apenas em 1930 o país passa a ter um ministério da educação. Isto significa deizer que Fernando Haddad está a frente de uma pasta que não tem cem anos de existência. Ou seja, enquanto a Europa discutia como ensinaria suas crianças, nós ainda não tinhamos pensado em educação. Isto é um bom, começo de problema.
Segue-se a isto a educação confecional que igrejas católicas, luteranas, maçons e anglicanas instituiram em nome do progresso, excluindo de todo e qualquer ensino aqueles que não pertencessem a uma elite, pois não tinham dinheiro para mater filhos em instituições privadas. Quando se discute a popularização do ensino público, junto aos CPC coordenados pelo então pedagogo Paulo Freire, no início dos anos 60, um golpe reacionário, patrocinado pelas instituições militares, pela marcha das famílias, e pela elite empresarial, intelectual e religiosa do país condena o país a 32 anos de obscuriedade, sim 32 anos, pois devemos encontrar uma nova educação apenas com a LDB de 96, sendo assim 1964 à 1996 é um longo período, de três ou quatro gerações fadadas a um ensino tecnicista sob o julgo de regras acordadas entre o MEC e a Agência Norte Americana de Desenvolvimento que ceifa a criticidade e o estudo científico do país, assim como irrompe uma violenta - física e mental - atrocidade contra a intelectualidade progressista do Brasil, prendendo, exilando e matando-os (Paulo Freire, Darci Ribeiro, José Dirceu, Flavio Koutzi, FHC, Augusto Boal, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Frei Beto, Frei Tito e tantos outros).

Esse fato - a obscureidade na educação - contribui para que o final da década de 80 e a década de 90 mostrem-se com uma explosão no crescimento de alunos e alunas por todo o país. A abertura política se dá em todos os níveis inclusive na educação e a democratização dos meios levam as escolas a incharem, pois todos tem direito a educação. Assim sendo o país que resolvera a questão educacional, mascarando com a exclusão da maioria do povo, em redutos com favelas, vilas, zonas rurais, agora se vê despreparado para a demanda que parece vir do nada, mas não vem. As pessoas já existiam, o pder as escondia, e agora,m escolas sem condições físicas e sem material, professores despreparados e desconhecedores dessa realidade desesperam-se por que as coisas não são como antes...
E agora, o que fazer. A desigualdade está estampada na rua, principalmente onde se aproximam escola particulares e escolas públicas, a disparidade no tamanho, na pintura, nop muro e na crianças que passam de carros com vidros escuros e meninos de calça curta e tênis furado, convivem porque são criança, distanciam-se porque a escola privada, não o aceita, pois ele é povo e deve estar inserido no que é público.


Os momentos educacionais:

1- A educação é secundária, as heranças garantem o poder.
2- A educação "neutra" prepara o país para o neo-liberalismo
3- A escola como capital, ela é a moeda do desenvolvimento para toda e qualquer pessoa que possa pagar.

Uma constatação desse mercado é a grande aparição de escolas secundárias e supletivas que antes eram cursos preparatórios de vestibular. Hoje são escolas regulares pagas. Em São Leopoldo são quatro e em outros municípios alguns até faculdade privadas já viraram. Estranho!!!

Outra questão de mercado sao os livros didáticos de grupos educacionais que invadem as escolas privadas, escolas públicas, secretarias de município e o programa de livros didáticos do governo federal. A produção de material didático e os livros que são comercializados fazem uma fortuna na mão dos empreendedores privados que condenam a escola pública e suas verbas a uma ibernação de gerações.


A descentralização do ensino

Humm. Isso é um problema grave. Apesar de não concordarmos com a maioria das coisas que o então candidato a presidência e ex ministro da educação Cristóvam Buarque, o professor tinha em seu plano de governo boas idéias de trabalho com as escolas de ensino fundamental , não a uma produção fordista, mas sim a uma estruturação sem disparidades entre as regiões do país.


O pacto das elites

A elite resolveu o problema da educação com suas escola privadas. Sendo a elite, a parcela da população que detem o dinheiro e pode pagar por uma escolade qualidade, a privada, resolveu o seu problema com a educação. A população em geral que resolva o seu, com suas precárias escolas públicas.

Esse é o pacto neo-liberal, estar no lugar do público constituindo um mercado, para que tenha acesso apenas aqueles que gerem lucro, os demais, são excluidos do processo.

A educação como prioridade pública só existirá se for por nós estabelecida como prioridade, caso não nos comprometamos com essa idéia, nada se fará pela educação, pois paliativamente o país já se constrói a 506 anos. E isso é uma das razões para a desigualdade dentro da educação levando-nos a falta de desenvolvimento sócio-político e cultural no país.

Na verdade é uma questão de classes sociais, já identificada por Marx no século XIX. A aproximação de público e privado inviabiliza o pacto neo-liberal.

E quais as alternativas para dirimir essa desigualdade?????????

Vitas aos Sítios do MEC e Sec da Educação RS

Ao entrar no sítio do MEC deparamos com inumeras coisas novas. Programas, ações e novidades que não tinhamos idéia. Claro que pesquisaamos sobre o ensino superior e encontramos o PROUNI, centanas de milhares de jovens frequentando a universidade. E logo depois encontramos o programa que estamos inseridos, Universidade Aberta do Brasil o qual contempla a entrada de professores leigos em universidades para a sua graduação. Num processo de parceria entre gov. federal, municipal e universidade, somos alunos universitários. Isto é uma política pública de educação a qual somos testemunha e vivenciamos. Município de São Leopoldo, Governo do Brasil e UFRGS, por um país melhor.

Um outro exemplo de ensino a distância é o NUPPEAD

No mesmo sítio do governo federal: Ministério da Educação encontramos o programa de alfabetização de adultos que proporciona a cidadania a quem nunca pode ler o itinerário do ônibus que precisava pegar.

in Forum ECS 11 - grupo C

Estava pensando como as políticas públicas são diversas e como sãode difíceis implementações, citando Miguel Arroyo, as certezas e verdades construidas na educação sõa de difíceis nudabças. Vejop que por mais que se tenha idéias e as vezes dinheiro disponíveis, as escolas num termo geram junto com os professore e a comunidade são muito resistentes a fazerdiferente. è aquela história de que se deu certo até aqui, por que mudar. ou no meio popular, em time que está ganhando não se nexe. Ontem,mesmo, depois de sair do pólo, fui deônibus para casa, e no letreiro de destino estava escrito KILOMBo, onde deveria estar escrito QUILOMbo, com Q U e não com K, isto é resultado de uma educação que dá certo?, com certeza a maioria das crinças aprendem a ler, e a calcular, mas a minoria das crianças interpretam a notícia, a propaganda política, ou buscam o livro se o professor não indica, a maioria sabe somar e diminuir, mas nomercado dificilmente sabe quanto de carne moida que custa 3,80, vai conseguir levar com um real... sã pequenos exemplos que serviriam com tese de mudança educacional, mas que jamis são colocadar em pauta para mudar ou para implantar novas políticas públicas, não apenas advindas do governo, mas priorizadas por educader]es. Não correto afirmar, mas é pertinente discutir: a grande maioria das professoras e professores não está disposta a modificar a educação.

Programa Brasil Alfabetizando.
Buscamos então o sítio da secretaria para tentar linka o programa de alfabetização de adultos com o Alfabetiza Rio Grande. Mas tivemos uma surpresa negativa. Os projetos não são parceiros. Talvez um probleminha político????

Um terceiro programa de política pública é a questão da Escola Aberta, com bastante divergência entro o grupo da sua eficácia, mas levando em conta que é uma alternativa e a educaçãoi como tudo é feita de construções e não de coisas prontas, é necessário apostar no que a maioria se coloca a disposição de acredita, mas não podemos nos iludir com voluntariados que querem "lavar a alma " por estarem fazendo o bem para os "pobrezinhos".

É um longo caminho a percorrer e a nossa formação tem sido de suma importância neste percurso.


Questão de considerações finais:


A partir da colocação da tutora Suelem, uma pequena reflexão sobre a questão final do forum:

"são todas as redes educionais que estão com defasagem qualitativa na educação? Quais são os fatores que poderiam indicar esta defasagem, em determinadas redes de ensino?"
Sim, todas as redes estão defasadas.

1-Vamos ao ponto de formação. Na rede privada, a grande maioria dos profissionais é formado e pós graduado, mas não são todos. Temos aí o exemplo do Marcelo. Na rede pública, a maioria eemagadora não tem graduação e grande parte nem formação específica, fica aí uma defasagem que tem décadas para ser recuperadas.

2- Na questão da informática: Muitas escola tem computador, mas não temos computadores em todas as salas de aula, e na maioria das escolas os alunos tem acesso ou em aulas específicas com duplas em cada máquina. e na rede pública, a grande minoria tem laboratórios e acesso a informática, basta ver a rede de são leopolod que a passa firmes a partir do novo governo, mas ainda lenmto perto do que necessitamos, possui espaço de informática em menos da metade de suas escolas.

Mas é pra isso que estamos na luta, para modificar isso pois acreditamos que é possível.


Base teórica:
A.J. AKKARI - Desigualdades Educativas Estruturais no Brasil:Entre Estado, Privatização e Descentralização

Comments:
nome interessante este seu.
 
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